Razão ou emoção? Talvez uma das mais antigas lutas da humanidade... o melhor mesmo é tentar equilibrar as duas

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Um olhar sobre Dezembro

Este mês foi de loucos! Estou finalmente a ter algum tempo para parar e pensar em tudo o que aconteceu em termos pessoais e profissionais ao longo deste mês.

Como fui dando a entender, foi um mês de trabalho intenso, esgotante mesmo, ao ponto de, por estes dias, tentar, mas não conseguir, ler ou decifrar uma única linha de qualquer tipo de texto, fosse ele de lazer ou não. Acho que matei o meu cérebro com 4 semanas a dormir em média 4 a 5 horas por noite (algumas muito mal dormidas), excesso de café, falta de exercício físico para arejar ideias e excesso de gestão de informação. Mas sinto-me uma heroína pela quantidade de trabalho produzido em tão pouco tempo! Resultados? Alguns só saberei a longo prazo, mas o mais imediato foi uma proposta  - fora do contexto de investigação ou do doutoramento, mas dentro da minha área - que me poderá dar trabalho por alguns meses! Não quero criar grandes expectativas porque ainda terá que ser aprovado, mas estou a fazer figas para que 2014 comece com muito boas notícias. Simultaneamente, ocorreram coisas menos boas. Mais uma série de contratempos em relação ao doutoramento que me fazem pensar que realmente alguém me rogou uma praga bem grande e que esta aventura está amaldiaçoada desde o primeiro minuto! Tenho agora que resolver estas questões, mas sinto-me tão, tão, mas tão cansada que não consigo sequer olhar para as coisas (o que é mau e sinto-me péssima porque quanto mais o tempo passa, pior é e pior me sinto, mas eu simplesmente não consigo fazer o que quer que seja!) E com isto voltam as incertezas e os medos que me paralizam. Sei que tenho que lutar contra eles, sei que tenho que dar o salto (e bem depressa!) mas, ao mesmo tempo, voltei a sentir aquele peso que me puxa para baixo, que me afunda e eu sem forças para lutar contra isso...

Mas este cansaço e exaustão não se devem só a estas questões. Em termos pessoais aconteceram tantas, mas tantas coisas que eu ainda nem consegui processar algumas delas, nem perceber se foram boas ou más ou o que é que representam para mim. Certo é que, no meio do trabalho, a minha cabeça não parava de andar a mil à hora, num segundo plano, sempre a pensar nestas coisas e a passar de umas para as outras, criando e aumentando a sensação de perda de controlo. Basicamente neste mês lidei com problemas familiares e finalmente percebi o que é que um dia alguém me quiz dizer com "em casa de ferreiro espeto de pau"; apercebi-me de um conjunto de limitações e crenças erradas que sei que tenho de quebrar, mas ainda não percebi como; dei razão a um amigo que um dia me disse "amor próprio é das melhores coisas que podemos ter por nós próprios... quando começas a sentir isso por ti?"; alguém que eu tinha eliminado da minha vida, regressou numa versão melhorada e cheia de surpresas, levando-me a rever todos os anos e episódios que já passámos juntos e a concluir que no meio de tanta confusão, é com ele que me sinto mais "eu", mais à vontade - lamentei continuar a não confiar nele; diverti-me; conheci pessoas novas; literalmente "choveram homens" lolol sendo que, quando um deles tem uns olhos azuis tipo mar das caraíbas e uma cara adorável, uma pessoa treme, oh lá se treme; desiludi-me (com outros, mas também com os olhos azuis ahah); percebi que quando tenho aqueles meus feelings, devo mesmo seguí-los - e senti-me revoltada comigo mesma por tê-los contrariado; senti-me desconfortável no meio de amigos especiais e detestei que isso tivesse acontecido; roubaram-me o telemóvel (sim, o telemóvel fofinho que os meus pais de ofereceram há menos de três meses!!!); preparei o Natal sem espírito nenhum; e no meio de tantas outras coisas, aquele para quem eu aqui já escrevi tantos textos, aquele que me faz vacilar (ainda, mas percebi que o impacto já não é o mesmo) e que decretei aqui no blog assunto a encerrar na minha vida, assunto a ter que superar, dar a volta, aceitar que tentei mas não deu (porque ele foi uma criança, insensível, estúpida e egoísta), volta a entrar em cena! Assim do nada... ou "just because it's Christmas, and at Christmas you tell the truth" (Filme Love Actually) ou porque foi o aniversário dele ou "porque quando tem que ser até os ventos sopram a favor" (e mil outras frases deste género passam em looping na minha cabeça)... ou porque... ou porque... ou porque...

Cansados de ler? Agora imaginem como estou ao ter vivido tudo isto em apenas 30 dias... 

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