Não gosto disto! Não gosto nada disto! Acabei de acordar de uma sestinha pós-almoço. Pela segunda vez numa semana tive o mesmo pesadelo. Estava em casa, com os meus pais e vemos no telejornal, ilhas pequenas, apenas visitadas por turistas, algures no oriente, a serem completamente arrasadas por ondas gigantes. Sim, parece que estou a reviver as imagens do Tsunami de 2006, mas as imagens que nos chegam por satélite são tão perfeitas que conseguimos ver as pessoas, que surgem que nem formiguinhas, a tentarem fugir e serem arrastadas de uma ponta à outra da ilha (sim, são mesmo pequenas), perdendo-se no oceano. É super aflitivo ver aquilo, acima de tudo, porque tudo indica que a nossa zona, embora do outro lado do mundo, mas à beira mal plantada, será também vítima de algo parecido nas próximas horas. Começo a chorar desalmadamente, com uma sensação de impotência e angústia. Angústia, não por mim, mas pelos meus e acima de tudo por saber que naquelas ilhas do oriente está o meu coração. E com isto acordei.
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