Desde que me conhecço, me lembro de mim e das minhas convicções, que tenho para mim que a celebração de mais um ano de vida deve ser sempre feita. Com festa grande ou pequena, com apenas um amigo ou uma mesa cheia deles, com isto ou sem aquilo, na saúde ou na doença, acho que se deve sempre celebrar. Porque é sinal de que estamos vivos e que só esse facto nos abre inúmeras possibilidades de concretizações (mesmo que estejamos doentes). É um sinal de dádiva, um sinal de que continuamos cá e que enquanto isso acontecer, basta acreditarmos para fazermos a diferença. Na nossa vida, na dos outros, não interessa. Certo é que (sobre)vivemos mais um ano e devíamos estar contentes por isso. Há anos bons, outros menos bons e outros maus. Já os tive. Mas mais 365 dias vieram para que pudesse ultrapassar, continuar a tentar e agarrar tudo o que a vida oferece. Sou assim uma pessoa otimista realista mesmo nos momentos mais amargos.
Momentos como os que ando a viver recentemente. Que me têm tentado tirar o meu sorriso sempre presente. Mas eu tenho tentado que isso não aconteça. No entanto, uma pessoa também não é de ferro e há dias que de facto custam mais do que os outros e não é fácil quando vemos a nossa base de suporte e apoio a desmoronar-se. Hoje, a 10 dias de fazer 28 anos, é um desses dias. O ano passado, por esta altura, o meu estado de espírito era de bem-estar, desprendimento e alegria. Hoje é de tensão, luta, alguma solidão e amargura e... não queria dizer triste... mas um bocadinho menos feliz que o habitual.
A 10 dias de fazer 28 anos, tenho uma enorme vontade de celebrar, mas pelo que já percebi até ao momento não me vai ser possível festejar como e com quem gostaria. Logo este ano, que não quero prendas, que não tenho qualquer desejo especial, a não ser festejar com aquelas pessoas e daquela maneira. E a alternativa não me agrada... o que me entristece porque não me deveria sentir assim. Mas sou também defensora de que esta celebração deve ser feita com pessoas de quem realmente gostamos, cuidamos e que nos retribuem com o mesmo carinho, apoio e sorrisos que lhes damos. Vou tentar até aos últimos minutos encontrar soluções que me agradem e que me façam sentir bem e feliz. Recuso-me entrar de outra forma nos 28, mesmo que as previsões indiquem o contrário.
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