Por caminhos de Portugal

Esta terceira fase de recolha de dados para o doutoramento implica que me desloque quer para sítios centrais, quer para sítios mais recônditos de Portugal. Dá trabalho, perde-se imenso tempo, mas está a resultar e tenho a vantagem de passar a conhecer muitos sítios no Norte e Interior que não conheço.

Quarta-feira fiz 320kms para distribuir cerca de 120questionários! Saí da minha terra natal em Aveiro rumo a Baião, seguindo-se Cinfães, Marco de Canavezes, Porto (com direito a paragem em casa da avó), Vila do Conde, Póvoa do Varzim e finalmente Braga. Pelo caminho descobri que o meu GPS é transexual já que tanto aparece voz de homem como voz de mudar a prestar indicações, só me manda por caminhos rurais, com estradas apertadas e de paralelos em que é preciso parar para deixar passar rebanhos e manadas; percebi que Portugal tem de facto paisagens muito bonitas, mas há terras no interior realmente atrasadinhas; os centros de saúde também servem para carregar telemóveis (com tanta paragem e tanta volta o meu menino não aguentou e sem ele não fazia a mínima se devia virar para esquerda ou direita); somos de facto um povo acolhedor e simpático; e descobri que afinal é possível enjoar nas curvas e contra-curvas mesmo quando se está a conduzir! Juro que quase parava o carro para apanhar ar ao vir pela nacional de Marco de Canavezes para o Porto!

Tenho que ir a cada uma dos sítios no mínimo duas vezes, portanto, durante os próximos tempos esta será a minha vida. Mas não me queixo. Estou extremamente contente por as coisas estarem finalmente a andar!

A caminho de Baião à esquerda e a caminho de Cinfães à direita

 A caminho de Marco de Canavezes (ou do Porto já não tenho a certeza) e Vila do Conde à direita

Vista fantástica de casa da minha avó para a foz no Porto