Razão ou emoção? Talvez uma das mais antigas lutas da humanidade... o melhor mesmo é tentar equilibrar as duas

quinta-feira, 17 de março de 2016

Da vulnerabilidade humana...


Enganem-se minha gente quando acham que cancro mata. Mata sim, mas já não tanto como antigamente. A prova disso? Nicolau Breyner. Deixou-nos a todos em suspenso. Podia tudo ter corrido mal, mas seria expectável. Afinal de contas era cancro, aquele bicho tabu... que os avanços da medicina têm conseguido vencer. Deu-nos esperança, viveu, entreteve-nos mais um pouco. Para quê? Para desaparecer, assim, de surpresa, do nada. Mais uma vez a dar-nos provas da vulnerabilidade humana e das estaísticas portuguesas: as doenças cardiovasculares (DCV), das quais consta o ataque cardíacco, matam mais que o cancro, sendo a principal causa de morte em Portugal. Quando me perguntam porque sou tão cautelosa com a saúde, porque "passo a vida no ginásio" (o que é mentira - apenas cumpro o recomendado pela OMS), porque tenho tanta presa, porque quero tanto, porque quero viver como se não houvesse amanha? Porque lidei demasiado cedo nesta vida com esta vulnerabilidade. Demasiado cedo me apercebi que nada é garantido e que um instante pode mudar tudo para sempre. Se consigo aplicar isso todos os dias em tudo o que faço? Não. Mas tento. Todos os dias (a minha neverending fight).  Tento porque esta vulnerabilidade assusta-me, porque conheço uma parte do que ela trás para quem cá fica e garanto que nao é bom. Um dia temos tudo, no outro não temos nada. Enquanto puderem vivam, vivam intensamente, testem-se, insistam, não desistam. Pode haver momentos em que achamos que não, mas aos poucos a vida faz valer a pena. É preciso acreditar. Acreditem... que eu vou fazer o mesmo, mesmo nos dias mais difíceis. 



Sem comentários:

Enviar um comentário