Toda a minha vida me lembro de estar rodeada de livros! Simplesmente não consigo passar sem eles. Posso ter momentos de pausas, mas cada vez mais sinto surtos vorazes de leitura e dou por mim a chegar ao fim de um, já a pensar no próximo ou, não aguentando a demora, acabo muitas vezes por ler dois livros em simultâneo: um mais pequeno que anda comigo na mala e outro, mais pesado, que fica em casa para ir lendo, normalmente antes de dormir. Esta semana, o
Público lançou uma notícia que me deixou abismada com o número de livros que os portugueses lêem por ano. Para mim, ler é uma necessidade, é cultura, é forma de aprendizagem, ajuda a melhorar o vocabulário, a escrita e a comunicação, além de que é ótimo para estimular a imaginação e creatividade, levando-nos muitas vezes para mundos únicos e só nossos.
Gosto de romances, mas com ação pelo meio, mas acima de tudo gosto de livros de época, de preferências com referências históricas corretas ou baseados em factos reais.
Atualmente,o livro de cabeceira é o
Moby Dick do Herman Melville e o livro de bolso é a
Metamorfose do Franz Kafka.
Acabei de ler o
Como é linda a puta da vida do Miguel Esteves Cardoso. Confesso que estava à espera de algo diferente, mas esta escolha prendeu-se com o facto de querer experimentar algo novo e daí ter surgido o registo "crónicas". Mas definitivamente não dá para mim. O livro tem passagens absolutamente geniais, cheias de humor e ironia e que certamente irei voltar a ler! Mas tem outras que passava bem sem elas. Ao longo da leitua fui assinalando vários pensamentos, mas por agora destaco este, de longe o meu favorito de todo o livro:
"As mulheres têm muitas aberturas, muitas entregas, muitas exigências. Mas só se dão a quem confiam. A confiança é o ingrediente erótico mais secreto"
Como já devem ter percebido pelas minhas leituras atuais, um dos meus gostos recai sobre grandes clássicos da literatura. Sinto imensa curiosidade em ler algumas obras mundialmente famosas e perceber porque foram reconhecidas como tal. Em 2012, enquanto descobria Praga, passei pela estátua do Frank Kafka e entrei em vários cafés com referência a este autor. Fiquei curiosa e há já muito tempo que queria ler alguma coisa do autor. No Verão, numa feira do livro encontrei a Metamorfose e não hesitei. A história é muito curta (li-a em dois dias em viagens de comboio) e muito simples e deixou-me intrigada desde o início. Basicamente, trata-se das transformações que ocorrem numa família e num "homem que um dia acordou inseto". Curiosos? Pois também eu fiquei e li a história sempre com a esperança que se tratava de um sonho ou algo parecido. Se foi ou não, não vou dizer para não estragar o fim a potenciais interessados. O que interessa é que o livro trata-se de uma metáfora relativa a muitos aspetos do comportamento humano, da vida familiar, laboral e social e que em certos momentos me pareceu ainda muito atual. Honestamente, não achei nada de especial. Mas tenho em casa o Processo, também deste autor, para tirar as minhas dúvidas. 
