Pela segunda vez esta semana e pela primeira vez para a minha pessoa, dei por mim a desejar, ao fim de 9 anos, não estar mais em Braga ou na minha casa em Braga. Dei por mim a não querer mais isto. A não querer mais este modo de vida... rodeado de estudantes universitários, principalmente daqueles cuja principal preocupação é se vão sair logo à noite e o que é que vão comprar parar se emborrachar... porque isso é mandatório e não interessa se há aulas ao outro dia às 8 ou 9 da manhã. Rodeado de uma geração que já não é a minha, cujo fosso é cada vez maior (já nem sequer percebo o que eles falam!) e, honestamente, com prioridades cada vez mais trocadas.
Pela primeira vez, dei por mim a querer chegar a casa e encontrar o meu espaço, as minhas coisas, a minha casa, arrumada e cheirosa, confortável e agradável... com um sofá super fofo onde me pudesse enterrar e enroscar com uma caneca de chá.
Pela primeira vez desejei uma de duas possibilidades: chegar a esse espaço acolhedor e ter aquela pessoal especial à minha espera ou sentar-me no sofá sabendo que ela iria chegar em breve e sentar-se comigo, também com a sua caneca de chá, para partilharmos o nosso dia.
Ando cansada. Fisica e psicologicamente. Não ando a dormir o suficiente. A minha mente é um fluxo de pensamentos em velocidade de auto-estrada. Sinto-me sem energia, com pouca motivação para trabalhar e até um pouco perdida. Ando a tentar disfarçar. Ando a tentar lutar. Mas sei que não posso continuar assim por muito mais tempo.
Serão estes novos ventos de mudança? Será o princípio do fim ou o princípio de um novo início?
Só sei que algo se passa e eu não estou a perceber o que é...
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