Razão ou emoção? Talvez uma das mais antigas lutas da humanidade... o melhor mesmo é tentar equilibrar as duas

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

27... Moving on and letting go

Fazer anos é sempre algo que nos põe a pensar. O que aconteceu neste último ano de vida? O que esperamos para a nova idade? Onde queremos estar daqui a um ano? O que irá acontecer?

A entrada para o doutoramento, apesar de ser algo que queria mesmo muito fazer e que naquela altura me pareceu fazer todo o sentido, não demorou a transformar-se numa espécie de pesadelo. Juntamente com outras coisas que foram acontecendo paralelamente a isso, desde o término do contrato de trabalho (que me realizava e satisfazia imenso!), desemprego, perda de amigos e corações partidos pelo meio, dei por mim perdida, a dúvidar de mim e constantemente a perguntar-me o que se passava comigo e para onde tinha ido a Maria Caxuxa de sempre. Estes últimos dois anos não foram facéis. Sinto que percorri um longo caminho nesta escalada. Ainda não estou onde queria estar. Ainda há dias em que o aperto no peito me sufoca, mas estou sem dúvida muito melhor e mais enriquecida. Tem sido uma luta interior mesmo muito grande (e daí o nome deste blog) mas tenho conseguido aos poucos alcançar os meus objetivos. Atualmente, já me sinto focada, voltei a gostar de mim e a valorizar-me. Já tenho muito mais momentos de paz e o meu otimismo, energia e força de vontade que sempre me caracterizaram estão de volta. Ainda há dias de vacilo, até porque fazer algo como um doutoramento contrariada não é fácil. Mas por mais um ano, não vou desistir... e no fundo sinto que talvez ainda venha a valer a pena.

Os 26 continuaram a não ser fáceis. Mas foram, sem dúvida, o ano de maior estabilidade emocional. Talvez porque foi precisamente em Setembro do ano passado que me senti bater mesmo no fundo e tenha decidido dar a volta. Parei para analisar o que se passava e tomei decisões. Não consegui cumprir tudo, mas de uma forma geral estou contente com o resultado.

Entrei nos 27 com uma alegria e paz que há muito não sentia. Lembro-me de entrar nos 23 anos - que até agora foram, de longe, o melhor ano da minha vida - otimista e determinada e, mesmo ainda que fosse em tom de brincadeira, disse várias vezes no dia do meu aniversário: "Vocês vão ver! Vou encontrar emprego, homem, tudo!" Entrei nos 27 com a mesma energia e isso só pode ser bom sinal! Sinto-me inspirada e finalmente com uma sensação tranquila de felicidade. Os meus demónios continuam cá todos, mas aprendi a viver melhor com eles.

No soprar das velas dos 27, só pedi uma coisa: acabar o doutoramento. É aquilo que mais quero neste ano. Tudo o que vier por acréscimo, será bem vindo desde que seja bom e me faça feliz. Decidi deixar coisas que me andavam a melindrar e a magoar para trás. Decidi livrar-me de um passado que me prendia e o resultado não tem sido mau. Decidi abraçar novas experiências. Decidi abraçar os 27! Venham eles!




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