Razão ou emoção? Talvez uma das mais antigas lutas da humanidade... o melhor mesmo é tentar equilibrar as duas

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Da rudeza de algumas pessoas

Eu já não me tinha levantado muito santa e com um feeling negativo sobre o dia que teria pela frente. Mas mesmo assim lá me fiz à estrada, em mais um dia de luta para conseguir a colaboração de mais profissionais no meu estudo. Como estava de passagem por uma zona em que ficam duas instituições que já tinha contactado antes mas ainda não tinha obtido resposta, tentei ligar para ver se me recebiam já que estava por perto. De um lado não me atenderam, do outro mais valia que não o tivessem feito! 

resumo abreviado da conversa:
MC: Boa tarde. Peço desculpa por a estar a interromper, mas não sei se já terá visto os meus e-mails com um pedido de colaboração no estudo que estou a realizar...

Besta Quadrada (não tem outro nome!): Ah sim, sim já vi (percebi depois que não tinha visto nada!). O que é que pretende exatamente? 

MC: Tal como refiro no mail, estou a perguntar se aceita colaborar no meu estudo, que está a ser realizado no âmbito do doutoramento, permitindo que me dirija à instituição e entregar questionários para serem respondidos pelos profissionais que dela fazem parte. Como já a tentei contactar antes e ainda não obtive resposta, estou a ligar para saber se terá ponderado sobre o assunto e se tem alguma resposta para me dar. (acho que não ofendi ninguém, não tratei mal ninguém e apenas queria saber se tinham um sim ou não para mim... pois eis que tenho que levar com uma mega discurso de alguém petulante e arrogante e que nem sequer me ouviu ou deixou falar mais)

Besta: (que começou num tou brando, mas que foi erguendo a voz à medida que falava) Olhe, eu não sei se sabe mas nós temos muito trabalho e não me parece que haja alguém que lhe vá responder a isso. E acho que você deveria ter outra abordagem e ser mais humilde no pedido que está a fazer! (começou o tom de voz a subir). Porque vocês que andam nos doutoramentos acham que é chegar aqui e já está, as coisas aparecem feitas e nós estamos aqui para vos aturar. Portanto, você tem é que me apresentar uma autorização superior (referi que já a tinha) porque eu não fui informada de nada.

 (pedi desculpa se ela achou a minha abordagem inadequada, pois não queria ofender ninguém e se ela não foi informada eu teria que ver junto da direção, porque eles informaram-me que avisaram todos os elementos do meu contacto... mas a besta continuou) 

Besta: Você tem é que lutar se quer as coisas (facada n.º 1)! porque você é que precisa de nós e por isso devia ser mais humilde no que pede (facado n.º 2) Portanto, você tem é que lutar e daqui a dias apresentar-me uma autorização (voltei a dizer que a tinha) Porque se quer saber as pessoas estão-se a BOR-RI-FAR para os doutoramentos (facada n.º3) (tom de voz cada vez mais agressivo) e quem anda a fazer os doutoramentos é quem não arranja trabalho!!! (facada n.º 4). (e ela continuou por ali fora, num discurso super agressivo) 

Não vou ficar importunada por alguém que não me conhece de lado nenhum, que ou acordou com os pés de fora da cama ou é simplesmente uma besta frustrada da pior espécie. Mas doeu, doeu muito ouvir aquele conjunto todo de asneiradas de alguém que pode ter achado que fui indelicada, mas que acabou por ser mal-educada e me julgou sem me conhecer. O dia em que soube que tinha sido admitida no doutoramento, correspondeu eu meu primeiro dia de trabalho no meu primeiro emprego. Sempre trabalhei durante o doutoramento, porque nunca quis ser isso... os que nunca trabalharam, andaram sempre nas universidades e não conhecem a realidade do mundo de trabalho. Trabalhei sempre durante os dois primeiros anos do doutoramento. Com o desemprego, concorri a bolsas da FCT e vi-as por duas vezes passar ao lado por 4 centésimas!!! Arranjei um part-time. Voltei a ficar desempregada, mas agora como preciso de tempo para terminar o projeto e ainda tenho poupanças por algum tempo, optei por dedicar-me a 100% para encerrar esta etapa da minha vida de uma vez por todas. Portanto, não me venham dizer que não luto, que não trabalho, que não tenho noção da realidade! Não aceito que me atirem isso à cara, até porque mesmo agora, tem sido uma luta diária e com alguns sacrifícios da minha parte para poder ver o projeto concluído. Não aceite que quem quer que seja me condene por ir atrás de um sonho, de uma realização pessoal. Vou ignorar esta besta, mas a marca ficou gravada cá dentro. Apetece-me fazer trinta por uma linha para calar a mulher e fazê-la ver que foi muito indelicada. Mas uma pessoa destas só merece mesmo indiferença.

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