Razão ou emoção? Talvez uma das mais antigas lutas da humanidade... o melhor mesmo é tentar equilibrar as duas

domingo, 5 de maio de 2013

learning to let it go

Imprevisibilidade... é coisa com que num primeiro momento não lido bem. Disseste-me que no final do mês irias mudar de país. Vais continuar longe, mas essa mudança significa para mim o encurtar do tempo e da distância que nos separa. Acabei de saber, mais uma vez não por ti, mas por outros, que no final do mês vais para outro país... mas não aquele que estava à espera e que me tinhas dito que ias. Sei que muito provavelmente foi uma alteração recente de planos... não sei se vais apenas por uns dias e depois partes para o destino esperado, ou se vais para ficar. Não sei de nada. Só sei que apenas vais e não me contaste. Há em mim, neste momento, um turbilhão de emoções. Um misto de revolta e uma pontada de ciúme- se tens partilhado tanta coisa comigo, porque não me disseste nada? - dividido com medo, sensação de perda de controlo e angústia. Não faz sentido ficar assim. Não quero ficar assim! Tens que ir para onde tens que ir, é o teu trabalho e sei que estarás cá na mesma no dia combinado. Não muda nada. Mas isto só me traz um bocado mais à realidade. Há demasiada imprevisibilidade nisto tudo, que não é nada. Um dia estás, no outro já não estás. O que é certo hoje, já não é amanhã. E eu não consigo lidar com isso. Tu gostas de causar impacto, gostas de surpreender. Por isso ficas calado e em cima da hora lanças a bomba. Eu gosto que me surpreendas... aliás, tal como eu previ, é isso que tens feito... mas destas surpresas gosto eu pouco. Isto só me faz pensar que contigo, neste momento, nada é certo e eu não quero isso para mim. Não imagino o que poderá acontecer entretanto, nem quando regressares, mas tenho uma curiosidade enorme! Não me quero sentir presa, nem em espera. Mas certo é que até agora continuas a ser único que me põe com um sorriso bem rasgado, que me faz sentir com borboletas no estômago, que capta a minha atenção. Mas são momentos como este que me fazem pensar que nada disto faz sentido, que está na hora de fazer o abandono, de desligar a ficha, de cortar a corrente, de pensar que não há futuro neste nada que é tudo...


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