Razão ou emoção? Talvez uma das mais antigas lutas da humanidade... o melhor mesmo é tentar equilibrar as duas

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Balanço da semana

Balanço geral: Estas últimas semanas não têm sido fáceis. Ainda não me sinto eu. Ainda estou revoltada, triste e ansiosa e vi-me, de um dia para o outro, recuar três meses no tempo. A sensação é horrível e traz medo, indecisão e a necessidade de escolhas que não quero fazer e que nem sei como fazer. Ando num período de reflexão sobre alguns aspetos da minha vida. E não, não queria nada nesta fase ter mais uma crise existencial e emocional. Queria paz e estabilidade para me concentrar na tese e nos artigos que tenho que escrever. Sinto uma necessidade urgente em resolver aquilo que sei que pode ser resolvido (porque há outros assuntos que apenas têm de se ir gerindo e que não têm resolução imediata) mas parece que tenho algo a puxar-me para trás, algo extremamente pesado, que me prende, quando a minha vontade é andar pa frente e lutar. Isto transtorna-me, perturba-me e deixa-me com um aperto no peito tão forte que há momentos em que mal consigo respirar. Desde há uns anos que a minha vida isto: dois, três meses de liberdade, de felicidade, de momentos em que sou verdadeiramente eu, a MC sorridente, simples, descontraída e de bem com a vida, para depois surgir um longo período de ansiedade, medos, infelicidade, instabilidade, em que apenas vou tentando gerir as coisas, procurando não me perder como já aconteceu no passado. E o que custa é que todas estas crises são diferentes. Umas mais difíceis e duras do que outras, mas sempre diferentes e por isso tão perturbadoras. Porque todas elas representam aprendizagem à minha custa, mudança (boa e má) mas também crescimento pessoal. Vendo assim, as consequências nem me parecem más. Mas o percurso, o caminho, desta vez, está a ser demasiadamente solitário, duro e está a trazer demasiadas perdas. Perdas que não quero que aconteçam. E tudo isto a um ritmo tão alucinante que é impossível não ter todos os dias a sensação constante de falta de controlo e de fuga das rédeas da minha vida. Mas sou uma crente. Sei que vai passar. Sei que vou acabar por resolver tudo. Não sei antes sofrer, sozinha, para me mentalizar do que tem que ser feito e das consequências que daí virão. Desta vez, estou convencida de que a mudança será realmente grande, que pouca coisa ficará no lugar onde estava ou da forma que era. Não está a ser fácil. É capaz de demorar, mas tudo se vai compor. 

Evolução do PhD: A recolha de dados está em stand by por causa das férias da minha amostra, mas está praticamente completa. Artigos e escrita é que nem vê-la. Tenho andado ocupada a trabalhar na organização de um evento internacional que irá decorrer na próxima semana e no qual tenho um papel importante. Brevemente contarei mais novidades ;)

Saúde: Mental, está bom de ver que não anda grande coisa. Com trabalho para a organização do evento, doutoramente, pressões familiares e crise existencial e emocional, sinto-me um farrapo! Cansadíssima, esgotadíssima e a precisar muito, muitíssimo de descanço. A coisa boa no meio disto é que tenho conseguido manter os meus treinos :) Corridinhas ao ar livre de 5kms que me têm sabido pela vida! 

Vida social: O querido mês de Agosto significa momentos com família que habitualmente não se encontra noutras alturas do ano. Assim como representa também o regresso de muitos amigos atualmente emigrados pela Europa e afins, ou seja, mais do que motivos para festa. Tenho também procurado comciliar alguns encontros porque preciso de um escape aos problemas que se passam dentro de casa... o pior é quando os problemas surgem também fora dela. Desde festas de aniversários, feira medieval, febre de sábado à noite e finalmente uns diazinhos de praia (dois mas que foram super bons) não me posso queixar. Pago tudo isso com poucas de descanço porque o trabalho continua a existir e a ter que ser feito. Mas há olheiras que valem a pena. 

Amor: Infelizmente, um dos problemas que encontro fora de casa. Está a ser demasiadamente mau lidar com mais criancices que mais não fazem do que matar qualquer restia de esperança de voltar a encontrar o bem estar que um dia já chegámos a ter. Uma das perdas que não queria ter, mas infelizmente não encontro outra solução para ela. 

Sem comentários:

Enviar um comentário