A noite foi de regresso mas, ao contrário do esperado, não de reencontro. E também ao
contrário do esperado, a noite foi de festa, boa disposiçao e descontração...
mas não para mim. O meu corpo estava lá. Mas a minha essência... essa tinha
partido há muito. Bastou uma pergunta para mudar tudo. Revelações atrás de
revelações. “Não. Pára. Eu não quero ouvir mais nada.” A confirmação de muito
do que eu sempre soube mas nunca quis aceitar. “Eu não precisava disto agora.”
O destruir de muitas expectativas. O ter que mentir, dar a volta, disfarçar.
Uma conversa que deveria ver como positiva e pensar que apesar de concordar com
muita coisa, de ter muito de verdade, tratou-se também da partilha de perceções
de alguém que não imagina sequer o outro lado da história, o lado que teve a
sua melhor fase e evolução e que pareceu estar realmente bem escondido, pois
esse lado foi descrito como “aí já pareceu estar tudo resolvido, já não se
passava nada.” Mas foi nesse “aí” que se andava a passar tudo. Não queria que
esta conversa fosse o fim. Havia ainda uma restia de esperança. A esperança do
reencontro... que, apesar de todos os medos e de todo o peso das (in)certezas
desta conversa, poderia revelar-se bastante bom. Mas o poder desta conversa foi
mais forte. Influenciou-me negativamente. E do outro lado o comportamemto
também não foi dos melhores. Talvez a expectativa de um tratamento especial, os
ciúmes das novas ligações estabelecidas durante a ausência, os ciúmes da
brincadeira com os outros, traduziram-se em criancice e falta de respeito que
não estou disposta a aturar mais. O meu presentimento de que esta história
ainda teria mais capítulos mas um pouco mais positivos parece-me estar longe de acontecer. Há novamente revolta, mágoa, tristeza e dúvidas. Mas os motivos são diferentes, a disposição para a luta são diferentes e eu própria estou diferente... surpreendentemente, ao contrário do esperado.
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