Razão ou emoção? Talvez uma das mais antigas lutas da humanidade... o melhor mesmo é tentar equilibrar as duas

terça-feira, 25 de março de 2014

E se tiver medo, vai com medo mesmo...

Mas que raio se passa comigo? Sou de aproveitar e saborear o momento. Sei que não se repetirá da mesma forma. Será sempre único. Por isso procuro absorver todos os bocadinhos, todas as experiências, todos os momentos ao máximo. Agarrar com vivacidade todas as oportunidades. 

A vida, Deus, seja lá o que for (destino se acreditarem) está me a dar uma nova oportunidade. Uma oportunidade que tanto desejei no passado. Uma oportunidade pela qual já chorei, sofri, me magoei para a conseguir ter e tudo o que consegui foi uma ferida aberta no meu coração. E agora, quando eu já estava prestes a desistir, uma amostra dessa oportunidade anda-me a bater à porta. Não é nos moldes que tinha idealizado ou desejado. Mas ainda assim, a essência está lá. Não deveria eu sentir-me feliz com isso? Não deveria eu andar a pular de alegria, sentir-me motivada e pronta para agarrar aquilo que tanto queria, independentemente do que possa vir a acontecer? Devia, mas a única coisa que sinto é um aperto enorme no coração ao ponto de me tirar a respiração e não consigo deixar de me sentir culpada por não estar a aproveitar. Dominam-me pensamentos negativos. O medo instalou-se e imobilizou-me. Não consigo trabalhar. Não consigo reagir a nada. Sinto-me vazia. Um autómato. Desprovida de qualquer tipo de emoções, excetuando o medo. O medo com uma mistura de certeza que de certo não tem nada. Nada me garante que esta vez seja igual às outras, mas também nada me garante que seja diferente... embora o esteja a ser. 

Então porque não tentar mais uma vez? Provavelmente será errado. Tenho 90% das minhas entranhas a dizerem-me para não o fazer. Que me vou magoar novamente e desta vez deliberadamente! Mas os 10% que sobram têm a força de mil camiões e, apesar de todo o medo e sufoco, precisam saber, precisam ter a certeza de que pelo menos tentaram e não fecharam a porta àquilo que mais queriam e que, pelo menos por agora, parece procurar e não ser procurado. 


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