Razão ou emoção? Talvez uma das mais antigas lutas da humanidade... o melhor mesmo é tentar equilibrar as duas

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Amor. Onde andas tu, amor?

Sinto um nó na garganta, um aperto no peito. Dizem que tudo o que precisamos é de amor. Não só concordo como acredito que o amor é a força, a energia que move o mundo. E é por isso que me sinto assim. Triste, frustrada, abandonada, descrente. Quero continuar a acreditar. Mas a vida parece-se decidida a fazer-me mostrar que estou errada e que esta coisa do amor romântico não é para mim. Claro que não desisto... mas ultimamente vivo numa batalha constante... e, infelizmente, hoje sinto-me derrotada.

Quanto mais o tempo passa, mais me apercebo que nunca soube o que é o amor. Já amei. Mas nunca soube realmente o que é o amor enquanto experiência e sentimento partilhado a dois. Já me disseram que eu valia mais do que a pena... mas nunca fizeram por valer a pena. Já me disseram que sou um mulherão, que sou especial, que tenho tudo... e no entanto, nunca os vi tratarem-me como prioridade, nunca os vi mexerem uma única palha por mim, nunca os vi interessados em irem além daquilo que eu decido mostrar. E os que tentaram entrar na minha carapaça, os que tentaram demolir os meus muros... foi só mesmo isso, tentar... faltou-lhes a luta, o desafio, o compromisso... e logo comigo que gosto tanto de uma bela luta!

Sei que sou extremamente independente. Que demonstro não precisar de nada, que me desenrasco bem sozinha. Já me chamaram de durona e mau feitio, mas, meus amigos, se isto vos assusta, então também não servem!Os meus muros são defesas construídas ao longo do tempo e é por isso que me sinto muitas vezes sufocada e amedrontada quando as tentam demolir. É aqui que muitos falham. Preciso que respeitem meu espaço e preciso de alguém que saiba reconhecer isto. Que saiba tentar no momento certo, dar-me espaço no seguinte, reconhecer quando voltar e aproveitar e valorizar quando for eu a procurá-lo. E se isto chegar a acontecer, então, parabéns, têm tudo de mim.

Infelizmente, hoje não acredito nisto. Já não há luta. A luta dá trabalho e requer investimento. Hoje tudo me soa a falso, a temporário, a breve... Dizem que quando nos tornamos céticos em relação ao amor e às suas manifestações é porque existiram no passado pessoas e histórias com finais pouco felizes que nos transformaram e fizeram de nós menos crentes. Mas quando repetidamente nos mostram que por mais que tentemos, nunca parecemos ser suficientes, como continuar a acreditar??? Quando lutamos e nos esforçamos por ir contra a maré e constantemente naufragamos, como manter a chama acessa?? Quando houve alguém, alguém verdadeiramente especial por ter vencido todas as barreiras e acima de tudo por nos ter feito acreditar e mostrar que afinal ainda havia esperança e o amor era possível mas simultaneamente nos trata com indiferença, nos faz sentir insignificante e mais uma vez não suficientemente especial, como??? como continuar a acreditar?

Dizem também que não devemos perder a esperança e que quando menos esperamos o milagre acontece. Pode até ser verdade mas hoje, hoje não me peçam para acreditar. 

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